Conversas

Merkel, Passos, Cavaco, Crato e todos os licenciados que estão a mais


A observação de Merkel sobre o disparate do Governo português em permitir que haja tantos licenciados, e já muito difundida (ver aqui) teria sido o quê?
Foi mais uma “simples” intromissão na política de Portugal?
Terá sido um ralhete aos governantes que estão a ultrapassar as suas ordens?
Ela que esclareça.
O que é certo é que, houve logo quem dissesse que Merkel violou, mais uma vez, o básico princípio de Direito Internacional: o da não ingerência nos assuntos internos de outro Estado. Calúnias.
Não é que os nossos governantes tenham metido o rabinho entre as pernas, mas, se nada fizeram, foi porque não quiseram dar importância a uma licenciada.


É pena não termos um Presidente da República, pois a Constituição não o permite. Por isso, temos um que faz de Presidente, mas está muito ocupado a (con)decorar.
Todavia temos um Governo. Esse sentimo-lo bem na pele. 
Que fez o Governo?
Passos telefonou a Durão e, na esperança que o nome correspondesse à personalidade, disse-lhe:
- Durão tu que conheces bem a Merkel pede-lhe para ela pedir desculpa pela grave intromissão na nossa política. É que há já por aí uns gajos da oposição a reclamar que nós nada fazemos. Ela que faça figas e mesmo que não te oiça, o que é preciso é dizer aos jornalistas que nós não aceitamos tais ralhetes dela.
Durão não aceitou e sugeriu que fosse Crato a faze-lo pois era o principal visado, pela sua política de desenvolver demasiado o ensino em Portugal. E acrescentou:
- Eu bem te avisei que Crato estava a exceder as ordens de Merkel. Tens que pôr um travão no Crato.
Passos, triste e desiludido, coitado, lá foi falar com Crato.
Crato não aceitou ser ele a falar com a Merkel e sugeriu que fosse o senhorio do Palácio de Belém.
- Não me lixes, (não foi bem essa a palavra que empregou, mas esta serve). Achas que ele sabe falar alemão? Bem sabes que ele não fala.
Crato, então, pesaroso, concordou apenas falar com os jornalistas, assim como quem não quer a coisa.  Apanhou um jornalista à porta do Ministério e disse-lhe:
- Você não quer saber a minha opinião sobre o que disse a Merkel?
E, antes que o jornalista lhe dissesse que isso não lhe interessava, respondeu:
“A minha opinião é bastante diferente”, Não concordo “que o país tenha licenciados a mais” disse Crato baixinho como se a Merkel pudesse ouvir.
O jornalista que era de uma agência de notícias.SA, antes de deitar o escrito para o cesto dos papéis, inadvertidamente deixou-o em cima da secretária. O Chefe que passou e viu o papel ainda manuscrito, pegou nele e mandou que fosse feita uma notícia a enviar a todos os órgãos de informação.

Tínhamos, finalmente a necessária e violenta resposta do Governo português, que assim, defendia a sua honra e provava que Portugal não anda às ordens de outros, nem era vassalo da Alemanha.



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