31 de janeiro de 2013

Para que servem os deputados?

Os deputados são todos iguais?

Há muito que circulam na Internet e nos mails mensagens e petições que parecem ser muito justas. Penetram em quem não reflete e é conduzido, ou facilmente manipulado pela demagogia  populista. Estão na linha da estratégia de diversão, para desviar as atenções do que é fundamental e conduzir a indignação para casos sem grande significado. Ao contrário do que parecem não são mensagens inocentes. Vejamos porquê. 
Com base num texto de que desconheço o autor, fiz a seguinte análise:


1. Regalias dos deputados
 

Exige-se que acabem as regalias dos deputados em nome da "justiça social". Fala-se em regalias e vencimentos em geral para desviar as atenções das regalias realmente injustas e até escandalosas que poucos têm mas que valem mais do que as dos outros todas juntas.

De facto há regalias de deputados que deveriam pura e simplesmente acabar como as pensões vitalícias de Ângelo Correia, Dias Loureiro e outros, que acumulam com vencimentos milionários que ganham.
 

Há também muitos casos de pensões vitalícias escandalosas, como as dos administradores do Banco de Portugal, obtidas ao fim de pouco tempo de trabalho. Essas somadas ultrapassam em muito as regalias dos deputados. (para ver clique aqui).
 

2. Vencimentos dos deputados
 

Exige-se a redução dos deputados para poupar nos vencimentos. Diz-se que ganham demais, tendo em conta a média nacional (cerca de 3.000 euros líquidos na Assembleia da República e um pouco menos na Assembleia Legislativa da Regiao Autónoma dos Açores). Será a melhor forma de fazer justiça social a redução de deputados ou dos seus vencimentos?

Quem pensar um pouco verá que, estas mensagens, visam desviar o descontentamento que alastra, para reduzir a participação e a discussão dos problemas realmente importantes.
 

Não dizem essas mensagens e petições que só António Mexia (EDP), com os seus 260.000 euros/mês, fora os extras, ganha quase o dobro do que ganham, por mês, TODOS OS 57 DEPUTADOS da Assembleia Legislativa da RAA.
 

Se somarmos ao vencimento principal deste senhor, os vencimentos principais de Zeinel Bava, da PT (208.333 euros/Mês), de Paulo Azevedo, da SONAE (100.830 euros/mês), de Ricardo Salgado, do BES (100.000 euros/mês), de Alexandre Santos, do Pingo Doce (94.166,67 euros/mês) e de Eduardo Catroga, da EDP (45.000 euros/mês, mais os cerca de 9.000 que recebe de pensão vitalícia da A.R.), teremos que estas 6 PESSOAS ganham juntas um rendimento principal, fora os extras, de cerca de 790.000 euros/mês, ou seja, mais do que ganham juntos TODOS OS 230 DEPUTADOS da Assembleia da República!

A estes rendimentos juntar-se-ão aqueles que outra meia dúzia como estes, aufere por terem simplesmente o nome como membro do Conselho de Administração ou como gestor noutras empresas ou instituições públicas.


3. Atuação dos deputados
 

Mas, tal como os partidos, e ao contrário da ideia simplista veiculada nas mensagens referidas, os deputados não são todos iguais e resultam da reconversão representativa dos votos dos eleitores em diferentes forças políticas. 
Sem representantes/deputados (bons ou maus…) das diferentes opiniões e interesses do país e da região, não há regime democrático.
 

E se há uns que pouco mais fazem que votar, ou usam o parlamento para tratar de negócios particulares, de mãos dadas com a corrupção, outros há que, pela sua dedicação e seriedade, se esforçam permanentemente pelos interesses do povo, do país ou da região. Desses há os que prescindem de regalias e até votam contra elas, nomeadamente contra aquelas que os textos referem mas, isso não dizem. 

Há os deputados que, quando se candidatam, se comprometem, por escrito, a não serem beneficiados pelo exercício do cargo. Disso também não falam os textos que dão a ideia que os deputados são todos iguais.

Há os que se candidatam por forças políticas actualmente maioritárias, para terem oportunidade de negócio ou de uma carreira. Mas também há os que se candidatam para lutar contra esses interesses instalados fazendo da sua luta, muito mais difícil, uma honra e um compromisso político de serviço à comunidade.
 

4. Responsabilidade e poder dos eleitores

São os eleitores que elegem os deputados. 

São os eleitores que deveriam fiscalizar a sua actuação. 
Seria conveniente que dessem maior atenção à origem partidária dos deputados que não cumprem a sua missão. 

Seria importante que os eleitores exercessem essa fiscalização para que nas próximas eleições não repetir o erro de eleger deputados que não defendem os seus interesses.
 

Seria importante que os eleitores desiludidos com a actuação dos deputados que não servem, se não abstenham ou não votem. Os desiludidos que não votam estão a tirar a força aos deputados que trabalham e lutam pelos interesses dos eleitores e a deixar que a maioria permaneça a governar mal.

30 de janeiro de 2013

As mentiras do Governo

O FALSO DILEMA “MENOS SAÚDE, EDUCAÇÃO E SEGURANÇA SOCIAL OU MAIS IMPOSTOS”
O Economista Eugénio Rosa, no seu último estudo, mais uma vez, desmonta as mentiras do governo para enganar os portugueses quanto às verdadeiras intenções de entregar ás grandes empresas privadas os negócios da Saúde, da Educação e Segurança Social.

Diz Eugénio Rosa que “O dilema de Vítor Gaspar, repetido por ele e por todo o governo, e papagueado nos media pelos seus defensores, de “Menos saúde, educação, e segurança social, ou mais impostos”, tem a mesma credibilidade que as previsões do governo e da “troika” que sempre falham, ou seja, não tem fundamento real nem credibilidade técnica. É mais uma mentira ideológica que tem como objetivo a manipulação da opinião pública para o governo e FMI poderem mais facilmente destruir os sistemas públicos de educação, saúde e segurança sociais fundamentais para os portugueses”.



Justifica o economista: “A “espiral recessiva”, de que falou Cavaco Silva, causada pela politica de austeridade… tem determinado uma diminuição enorme das receitas fiscais do Estado e das contribuições para a Segurança Social agravando as suas dificuldades financeiras”.

O estudo, que pode ser analisado em www.eugeniorosa.com, desmonta claramente esta política de ruína para os portugueses mas de grandes lucros para meia dúzia de grandes capitalistas em Portugal e no estrangeiro.

Reproduzo adiante um resumo do estudo



29 de janeiro de 2013

Cuba preside à CELAC

Contra o Bloqueio Económico dos EUA a Cuba e contra a "posição comum" da UE.

Cuba foi eleita para presidir à Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (CELAC)

Há dias publiquei o elogio feito pela secretária das Nações Unidas, a mexicana Alicia Bárcena, que qualificou como muito positivo o facto de que Cuba assumir a presidência da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac).

Como é sabido, o Conselho Europeu adoptou, em 1996, no que se refere às relações com Cuba, uma “Posição Comum”, assumindo um comportamento discriminatório inaceitável em relação a este país. Esta “Posição Comum” declara como objectivo a promoção de transformações políticas neste país, numa atitude de ostensiva ingerência neste país soberano.


Deputados do PCP no Parlamento Europeu


Tendo em conta a realização da Cimeira UE-CELAC, a que Cuba preside desde ontem, os Deputados Comunistas, João Ferreira e Inês Zuber, no Parlamento Europeu, tomaram posições contra as discriminações a Cuba.

Consideraram os deputados do PCP que o Parlamento Europeu, deverá terminar urgentemente com esta inaceitável "posição comum" contra Cuba, estreitar relações com a CELAC e assumir uma posição de defesa do fim do bloqueio económico dos EUA a Cuba, bloqueio que condiciona as possibilidades de desenvolvimento económico de Cuba, como tem sido sucessivamente reconhecido pela Assembleia Geral da ONU.

28 de janeiro de 2013

O Regresso aos Mercados

A nova fraude. A mentira para enganar tolos. Um novo roubo para dar aos bancos
 

O apregoado "regresso aos mercados" é fraude para enganar tolos. É uma manobra de diversão. Os juros baixam porque os grandes capitalistas financeiros (os mercados) começam a ter dificuldade em aplicar as imensas fortunas que estão a ganhar com o roubo que fazem a muitos milhões de pessoas. A quantidade de bancos (mercados) interessados em “comprar” dívida a estes juros está a aumentar, justamente porque o negócio é uma mina. Continuam a ir buscar dinheiro dos estados a menos de 1% (BCE) e emprestam aos estados a mais de 4%. É a moderna forma de roubo a somar à antiga exploração de quem trabalha. É o capitalismo especulativo financeiro.

Pagar dívida com mais dívidas e juros
 

Com o “regresso aos mercados” Portugal continua a afundar-se, pois os juros que pagamos aos “mercados” são superiores ao que se produz com esse dinheiro. É como ir ao banco pedir emprestado para comprar mais um carro que apenas vai trazer mais despesa. Pagar dívida com novas dívidas mais elevadas (dívida e mais juros) não leva a lado nenhum. É a espiral recessiva que os economistas falam.

De 117% para 120% de dívida


A dívida pública portuguesa continua a aumentar. Atingiu o seu valor mais alto de sempre. No terceiro trimestre de 2012, a dívida passou de 117,4% para 120,3% do PIB, sendo a terceira mais elevada da UE, a seguir à Grécia e à Itália. Comparativamente com o terceiro trimestre de 2011, o aumento estimado da dívida foi de 10%. Mais 25 mil milhões de euros de dívida desde que este Governo iniciou o seu mandato, mais 11 mil milhões do que aquilo que estava previsto no memorando com a troika. 
Comparem-se estes milhões todos com os 4 mil milhões que o governo quer retirar à Saúde, Educação e Serviço Social (pensões, etc.).
 

Ricos mais ricos, pobres mais pobres

É esta a situação a que nos conduz esta política de austeridade para dar dinheiro aos Bancos. É esta política que faz com que 10 milhões de portugueses estejam a empobrecer para os mais ricos continuarem a enriquecer com a crise. Os 7 mais ricos de Portugal aumentaram as suas fortunas em mais de 1540 milhões de euros em 2012 ou seja tiveram um aumento de 13% enquanto 10 milhões de portugueses baixam ordenados e pensões.

É o regresso da política de Salazar. “Roubar aos pobres porque eles são muitos e já estão habituados”.


De quem é a responsabilidade?


No tempo de Salazar não havia escolha pois as eleições não eram livres. Agora não há desculpa pois os pobres podem* escolher quem governa. Não se deixem enganar pois os exemplos duram há 36 anos, com os mesmos sempre no poder PS, PSD e CDS. Os que assinaram o pacto com a troika.

Os indignados, os revoltados, os desiludidos que não arranjem novas desculpas para dizer que não vão votar. Isso é o que eles querem. Não votar* é entregar as armas ao inimigo.

Se todos os que discordam desta política não votarem, apenas votam os da direita, os mais ricos. Então, esses, continuam a ganhar as eleições com a abstenção a aumentar. Continuam a poder roubar-nos. Acordem!


*Correções às 9.00h de 29/01

27 de janeiro de 2013

O exemplo de Cuba

Declarações da secretária executiva da Comissão Económica para América Latina e Caribe (Cepal) das Nações Unidas

Fonte: Prensa Latina 

Em entrevista exclusiva para a Prensa Latina, a secretária das Nações Unidas, a mexicana Alicia Bárcena, qualificou como muito positivo o fato de que a ilha assuma, no dia 28 de janeiro, a presidência da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), até o momento presidida pelo Chile.

A importância da Educação

A presidência de "Cuba, vai permitir-nos abordar os temas do investimento social, a importância da educação como a grande ponte para combater as desigualdades e romper os círculos viciosos de pobreza", disse Bárcena.

Outra temática à qual a ilha dará especial atenção na próxima etapa serão as experiências da América Latina e do Caribe para tentar tirar da pobreza mais de 57 milhões de pessoas e zelar pelo futuro destas. Bárcena recordou que Cuba é um dos países que está a fazer mudanças estruturais profundas e, portanto, tem muito a dizer. 

Objectivo: Combate às desigualdades

"Acho que o resto da região sabe pouco dos avanços de Cuba e dos problemas e desafios que enfrenta para fazer a mudança estrutural da produtividade, (...) e conseguir que os trabalhadores do Estado vão a áreas rentáveis, mas sem perder de vista o horizonte da igualdade e que isso não é negociavel", destacou a máxima diretora da Cepal, acrescentando que a América Latina tem feito da igualdade um de seus principais paradigmas, e portanto tem muito que aprender com Cuba. 

"Cada país tem modelos diferentes e, portanto, há uma grande diversidade de estratégias de desenvolvimento, mas eu acho que há um intercâmbio muito positivo que deve ser acontecer para atingir níveis de igualdade como existem em Cuba, em educação, em saúde", acrescentou. 

Mais de 50 anos de bloqueio contra Cuba 

"Cuba tem feito grandes avanços neste período, talvez e, até em certa medida, incentivada pelo próprio bloqueio. Bloqueio injusto, porque é o povo quem tem pago as consequências", considerou. 
O dano econômico ocasionado ao povo cubano pela aplicação do bloqueio dos Estados Unidos contra Cuba, ascende a 1,66 trilhão de dólares. 

O Planeamento está de volta

"Porque acreditamos que o planeamento está de volta, planificar é governar, quem não planifica não governa e, portanto, não é somente celebrar os 50 anos de Planeamento em Cuba, mas sim recobrar o Planeamento na América Latina e no Caribe", expressou. "Parece-nos sumamente importante que tenhamos sempre uma representação de Cuba em tudo o que a Cepal faz na região", concluiu.

26 de janeiro de 2013

Acordai!

A FACE OCULTA DA CORRUPÇÃO DA DIREITA

O caso BPN tem estado muito silenciado. Cavaco e governo PSD movem as suas influências. Os jornais e Televisão cumprindo as vontades dos chefes esquecem o assunto.

A teia da corrupção alargou-se com o caso IPO/Duarte Lima, que envolve também Isaltino Morais que se tem escapado da justiça. 
O PSD tenta a todo o custo travar as investigações.
O filho de Duarte Lima, Vítor Raposo e Cia. são peças importantes no processo. Foram buscar dinheiro ao BPN, nacionalizado por Sócrates para os portugueses pagarem os prejuizos. 


Cavaco Silva protegia os negócios dos amigos a ponto de pressionar o ministro Correia de Campos do PS, para não aceitar os terrenos da Câmara de Lisboa para o IPO. Correia de Campos acabou por pedir a demissão. Contudo Cavaco não conseguiu que o negócio dos terrenos fosse por diante. 

Duarte Lima e Isaltino de Morais ficaram pendurados, mas não foram presos, como não foram os corruptos do PS, do PSD e do CDS. Quando é que o povo acorda?

Acordai
acordai
homens que dormis
a embalar a dor
dos silêncios vis
vinde no clamor
das almas viris
arrancar a flor
que dorme na raíz

Acordai
acordai
raios e tufões
que dormis no ar
e nas multidões
vinde incendiar
de astros e canções
as pedras do mar
o mundo e os corações

Acordai
acendei
de almas e de sóis
este mar sem cais
nem luz de faróis
e acordai depois
das lutas finais
os nossos heróis
que dormem nos covais
Acordai!


(José Gomes Ferreira)

23 de janeiro de 2013

A arte de bem enganar (1)

As estratégias do capitalismo para manipular, enganar, iludir

Noam Chomsky, linguista norte-americano, é considerado um dos grandes intelectuais da actualidade. Entre outros estudos, ele investigou o papel dos meios de comunicação no sistema capitalista. 

Os jornais, a rádio, a televisão e muitos outros meios de comunicação todos os dias nos poluem o cérebro, sem o notarmos. São instrumentos de grandes grupos económicos para moldar as nossas consciências no sentido de nos "amolecer" a capacidade crítica.  
Sem darmos por isso estamos a ser manipulados. 
 
Do estudo de Chomsky “10 estratégias de manipulação” fiz as seguintes adaptações resumidas:

1 - A estratégica da distração


Creio que reparámos que quando surgem graves problemas sociais ou políticos e começam a surgir manifestações ou lutas de trabalhadores a Televisão encontra sempre notícias que distraem as pessoas. Seja o futebol, o caso Maddie. o caso Carlos Castro. No entanto isto acontece permanentemente com os mais variados "Faits divers" que nos desviam as atenções do que é importante e não convem quer se discuta ou que se conheça.
 
Assim o elemento primordial do controlo social é a estratégia da distracção.

Fazem, também, parte desta estratégia, os programas televisivos para entreter, sem qualqur conteúdo, os concursos, as notícias de crimes, de acidentes, que ocupam dias nos telejornais para distrair a atenção do públicoÉ também a técnica de manter o público ocupado, ocupado e distraído, sem tempo para pensar no que é importante
Esta técnica aproveita a preguiça das pessoas que dizem estar fartas de coisas sérias e que apenas se querem distrair. E assim de facto conseguem que o público não reaja às políticas que nos roubam, que aumentam as desigualdades e tornam a nossa vida num inferno.
Salazar dizia, o povo precisa é de Fátima, Futebol e Vinho. Assim se evitam as revoluções.
(continua)

22 de janeiro de 2013

Submarinos e política de direita

Corrupção submarina, desvios de dinheiro do Estado para o CDS, escandalo do BPN PSD e Cavaco, casos de Isaltino, de Sócrates, Jorge Coelho, Mário Lino e outros do PS mostram o que é a política de direita.

Esta troika PS+PSD+CDS têm vindo há vários anos a impedir legislação proposta pelo PCP para penalizar a corrupção. Eles lá sabem porquê.
O caso dos submarinos continua submerso tal como os outros. Para quando o julgamento e prisão dos corruptos? Estão a ver se nos esquecemos?

21 de janeiro de 2013

BPN será o maior escândalo? Não. Há piores!

Dizem que a maior burla de sempre em Portugal foi a do BPN que nos leva 9.710.539.940,09 euros.  
Mas a maior burla não será a política de direita que nos leva à ruina?

ESTE ROUBO E ESTA POLÍTICA ESTAMOS A PAGÁ-LA COM O DESEMPREGO, CORTES NA SAÚDE, NA EDUCAÇÃO, NOS SALÁRIOS, AUMENTOS DE IMPOSTOS... A CONTA ESTÁ A AUMENTAR PARA OS NOSSOS FILHOS E NETOS, POR NOSSA RESPONSABILIDADE

Cada bebé que nasce agora tem já uma dívida de mais de 10.000 euros e que aumenta com os juros que temos que pagar.     

No caso do BPN, o PS deixou que o património e os lucros ficassem na posse dos acionistas privados e nacionalizou os prejuizos do banco privado.


BPN o Banco do PSD

O BPN tornou-se conhecido como banco do PSD, proporcionando, a nossa custa, "colocações" para ex-ministros e secretários de Estado sociais-democratas.
O BPN foi formado por gente do PSD para as negociatas e financiamentos obscuros e ilegais. É assim que funciona a política de direita. O homem forte do banco era José de Oliveira e Costa, que Cavaco Silva foi buscar em 1985 ao Banco de Portugal para ser secretário de Estado dos Assuntos Fiscais e assumiu a presidência do BPN em 1998, depois de uma passagem pelo Banco Europeu de Investimentos e pelo Finibanco.

O braço direito de Oliveira e Costa era Manuel Dias Loureiro, ministro dos Assuntos Parlamentares e Administração Interna nos dois últimos governos de Cavaco Silva.

Vêm depois os nomes de Daniel Sanches, outro ex-ministro da Administração Interna (no tempo de Santana Lopes) e que foi para o BPN pela mão de Dias Loureiro; de Rui Machete, presidente do Congresso do PSD e dos ex-ministros Amílcar Theias e Arlindo Carvalho.


A "nacionalização" para português pagar

Em 2008, Oliveira e Costa deixou a presidência alegando motivos de saúde, foi substituido por Miguel Cadilhe, ministro das Finanças do XI Governo de Cavaco Silva.

O BPN faliu e o governo PS de Sócrates decidiu "nacionalizar" os prejuizos do banco privado, passando para os portugueses as dívidas dos seus acionistas privados e que ganharam fortunas. É assimk o Socialismo do PS. Nacionaliza os prejuizos e privatiza os lucros. O BPN passou a fazer parte da Caixa Geral de Depósitos, um banco estatal liderado por Faria de Oliveira, outro ex-ministro de Cavaco e membro da comissão de honra da sua recandidatura presidencial, lado a lado com Norberto Rosa, ex-secretário de estado de Cavaco Silva e também hoje na CGD.


Duarte Lima mais um amigo de Cavaco

Outro social-democrata com ligações ao banco é Duarte Lima, ex-líder parlamentar do PSD, que se mantém em prisão preventiva por envolvimento fraudulento com o BPN e também está acusado pela polícia brasileira do assassinato de Rosalina Ribeiro, companheira e uma das herdeiras do milionário Tomé Feteira. Em 2001 comprou a EMKA, uma das offshores do banco BPN por três milhões de euros, tornando-se também accionista do BPN.

Em 31 de julho, o Governo PSD vendeu o BPN, por 40 milhões de euros, ao BIC, banco angolano de Isabel dos Santos, filha do presidente José Eduardo dos Santos, e de Américo Amorim, que tinha sido o primeiro grande accionista do BPN. O Governo vendeu o Banco mas os portugueses ficam a pagar as dívidas.

Mira Amaral o reformado milionário


O BIC é dirigido por Mira Amaral, que foi ministro nos três governos liderados por Cavaco Silva e é o mais famoso pensionista de Portugal devido à reforma de 18.156 euros por mês que recebe desde 2004, por ter sido 18 meses administrador da CGD.

Para além do Estado ter ficado com os prejuizos do banco privado, o banco foi vendido ao desbarato e os contribuintes portugueses vão meter ainda mais 550 milhões de euros no banco, além dos 2,4 mil milhões que já lá foram enterrados. O Estado suportará também os encargos dos despedimentos de mais de metade dos actuais 1.580 trabalhadores (20 milhões de euros). São assim os negócios dos partidos da direita. Primeiro o PS e depois o PSD.

Cavaco. o sem vergonha


As relações pessoais e partidárias de Cavaco Silva com antigos dirigentes do BPN foram muito faladas. Mas Cavaco não teve vergonha e manteve-se candidato à Presidência da República. Pelos vistos os eleitores quiseram ter como Presidente um dos principais implicados no escândalo do BPN. Agora não se queixem por ter que pagar o que eles roubaram. Os responsáveis pela maior fraude de sempre em Portugal não foram apenas amigos e colaboradores políticos de Cavaco Silva. Tiveram também negócios com ele.

Cavaco Silva fez também negócios com o BPN dos quais beneficiou directamente. Em 2001, ele e a filha compraram (a 1 euro por acção, preço feito por Oliveira e Costa) 255.018 acções da SLN, o grupo detentor do BPN e, em 2003, venderam as acções com um lucro de 140%. Cavaco Silva possui uma casa de férias na Aldeia da Coelha, Albufeira, onde é vizinho de Oliveira e Costa e alguns dos administradores que afundaram o BPN. O valor declarado da vivenda é de apenas 199. 469,69 euros e resultou de uma permuta efectuada em 1999 com uma empresa de construção civil de Fernando Fantasia, accionista do BPN e também seu vizinho no aldeamento.

Os espertos - e os parvos que continuam a pagar


Oliveira e Costa colocou as suas propriedades e contas bancárias em nome da mulher, de quem entretanto se divorciou após 42 anos de casamento.

Dias Loureiro também não tem bens em seu nome. Tem uma fortuna de 400 milhões de euros e o valor máximo das suas contas bancárias são apenas cinco mil euros.

É nestes políticos da direita, da troika que nos rouba todos os dias e que afunda Portugal que os portugueses tem vindo a votar há 36 anos. Quando é que acordam. Alguns dizem que não vão votar. é a mesma asneira disfarçada. Não votar é deixar que eles continuem a roubar-nos e aos nossos filhos e netos. Não votar é cobardia. É deixar tudo na mesma. Precisamos de lutar para derrubar este governo e votar numa alternativa patrioticas e de esquerda.
 

20 de janeiro de 2013

EDP ou FDP? (adenda)

Finalmente, até ver...

Cheguei a casa. Depois de ter publicado a mensagem anterior, já tinha electricidade em casa. Revi o que escrevi "a quente" e pareceu-me justo acrescentar meia dúzia de notas:

1. Os trabalhadores que trabalham para a FDP não são irmãos dos FDP. Sacrificaram-se para ultrapassar as dificuldades criadas pela FDP e lá vão resolvendo o que podem. Trabalham e são mal pagos.
2. As falhas de corrente continuam. Há 20 anos que estou a viver fora de Lisboa e o serviço da FDP não melhora.
3. As redes aéreas continuam presas por arames piores que num país do terceiro mundo. Os acionistas FDP não abdicam dos seus lucros e evitam investimentos em zonas que dão menos lucro. 
4. A FDP cobra o mesmo aos seus clientes quando há interrupções de corrente, quando a tensão está abaixo dos 200 voltes mesmo que os aparelhos se estraguem ou tenham menos vida.
5. Por isso não vale a pena gastar dinheiro a melhorar a qualidade quando o lucro é o mesmo para os FDP.
6. Em Lisboa, nas cidades e zonas nobres estes problemas quase não existem. Nas casas dos acionistas FDP muito menos.



EDP ou FDP?

A EDP privatizada entregue a FDP

Um temporal mostra a queda de postes, de linhas, e da perna do E. De EDP passou a FDP
Antes do 25 de Abril de 1974 menos de metade do país tinha electicidade.
Após o 25 de Abril, a electricidade foi nacionalizada e criada a saudosa EDP que honrou o seu nome e electrificou todo o país.
Veio a política de direita, com o PS à frente e começaram as privatizações.
As empresas que serviam os portugueses passaram a servir os accionistas e a procurar o lucro à custa do sacrifício dos seus clientes.


Aumentaram os preços reduzem a qualidade
 

Reduziram os investimentos apenas ao que lhes dava mais lucro. É assim o capitalismo e o seu Deus Lucro.
Estou há 30 horas (quase dia e meio) sem electricidade na zona de Sobral de Monte Agraço, a 40 quilómetros de Lisboa. Tive que agarrar no portátil e ir à procura de um local com Internet para colocar isto que escrevo, indignado e a quente, neste blogue.
Ao longo dessas horas, fiz mais de trinta tentativas, a horas diferenciadas muitas delas entre as 3 e 6 da manhã para contactar a FDP. A todas elas me respondiam "devido a um fluxo anormal de chamadas não nos é possível colocar a sua chamada em fila de espera".


A FDP mostra que deixou de estar preparada para situações anormais


A FDP só está preparada para dias de sol (normal). Já quando nevou na zona de Lisboa tinha sido o mesmo. Devido a queda de neve (o que não é normal) as avarias nas linhas e as interrupcções de fornecimento foram "AsNORMAIS". Quando faz um vento anormal os anormais da FDP respondem logo que o vento foi anormal o que desculpa as falhas de fornecimento.
As reclamações para quem é pago para defender os clientes, a ERSE, são tão normais como dizerem que "as condições metereologicas foram anormais" pelo que a FDP está desculpada. Será a ERSE uma filial do Grupo FDP?



Remendar e manter tudo na mesma


Os postes electricos são endireitados, os partidos remendados, as linhas cosidas e tudo fica na mesma à espera de uma nova anormalidade de tempo. É assim que funcionam os FDP da FDP. Servir os accionistas para lhes dar o máximo lucro e não gastar dinheiro em investimentos na modernização das linhas. Estamos num país do Terceiro Mundo que os políticos FDP do PS privatizaram e a Troika PS+PSD+CDS entrega a estrangeiros para que o dinheiro dos clientes do povo de Portugal vá para os accionistas estrangeiros (que eles dizem que nos ajudam). 

Temos direitos? Para que servem?

A FDP é o espelho das privatizações e da política FDP dos FDP dos políticos que nos vendem.
Continuo à espera de poder reclamar e que me atendam o telefone da FDP. Esta ditadura disfarçada de democracia é assim que funciona. Posso falar mas nada ganho com isso é exactamente o mesmo que na ditadura de Salazar em que podia falar sózinho e comigo mesmo. Ninguém me atende o telefone. A ERSE responde o mesmo que diz a FDP. Dizem que tenho direitos mas não tenho como exercê-los. FDP. 

19 de janeiro de 2013

O "caso" da Presidente de Palmela

A mentira, a deturpação, o "jornalismo" ao serviço da direita

No blogue "Praça do Bocage", Demétrio Alves publica um importante esclarecimento e denúncia de uma política da direita e da comunicação dita social.


Nestes últimos dias tem sido "notícia" a reforma da Presidente comunista da Câmara de Palmela. Jornalistas ao serviço da direita, tentam, desesperadamente, desviar as atenções do que realmente afecta a vida de milhões de portugueses, das fraudes dos crimes e dos roubos aos trabalhadores e povo português e "fabricam casos", para acusar comunistas.
Infelizmente, jornalistas que escondem esses crimes da direita e escondem também o trabalho e luta de quem os combate, não perdem oportunidade para fazer notícia de "um caso" que só é noticia por ser de uma presidente de autarquia comunista.

Não reparam, ou não querem reparar que, com esta sua actuação, só confirmam a máxima do jornalismo "um cão morder numa pessoa não é notícia mas uma pessoa morder num cão já o pode ser".
Ao tentarem, tão desesperadamente, apontar uma crítica a um eleito comunista estão a confirmar quão difícil é encontrarem críticas a fazer aos comunistas. Confirmam também que, fraudes, roubos, vigarices, dos eleitos do PS do PSD ou do CDS já não são notícia por tão vulgares que são. São os cães que mordem as pessoas.
 

O que dizem e o que escondem

Mais grave ainda é quando deturpam a verdade e agarram numa meia verdade e a distorcem para denegrir um eleito comunista e o seu trabalho. Neste caso, dada a dificuldade de encontrar uma crítica a apontar à presidente comunista, agarram num caso que nada deveria ter de criticável e transformam-no em "caso condenável" como, e bem, o artigo de Demétrio Alves o mostra. Esses pretensos jornalistas, vendidos aos patrões que dominam a comunicação social, na procura de umas benesses, fazem da situação relatada, uma notícia para denegrir em vez de divulgarem o bom trabalho que a autarquia de Palmela tem feito e que tanto tem ajudado as populações tão maltratadas pela política destes governos que nos entroikam a vida há 36 anos.
É assim  a política de direita, é assim a nossa comunicação dita social.


Para confirmar cliquem (aqui)

18 de janeiro de 2013

Centenário de Álvaro Cunhal

Sessão Pública - Abertura das Comemorações do Centenário de Álvaro Cunhal
Sábado 19 de janeiro de 2013, 15:30, no auditório da Faculdade de Medicina Dentária, em Lisboa.
Participa e intervém Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral do PCP.


O 18 de Janeiro de 1934

A revolta e tomada do poder dos operários vidreiros na Marinha Grande

O 18 de Janeiro de 1934, foi uma revolta dos operários vidreiros da Marinha Grande contra o Estado Novo e contra as duras condições de vida acentuadas pela crise do capitalismo de 1929. Pretendiam os revoltosos que a luta se estendesse a todo o país mas tal não sucedeu. Apenas algumas lutas, sem grande significado, não impediram que a revolta fosse dominada.

Na Marinha Grande, esta luta tomou proporções de forte Insurreição Armada. A classe operária vidreira estava bem organizada e consciente, pois tinha participado ao longo dos últimos anos, em muitas lutas sociais.
A fome, a miséria e a falta de liberdade, foram as razões para a sua unidade, organização e luta.


A crise do capitalismo em 1929

No final dos anos 20 e início dos anos 30 do século XX os tempos foram particularmente difíceis para a classe operária em geral e especialmente na Marinha Grande. A grande crise do capitalismo iniciada em 1929 teve efeitos devastadores na indústria vidreira. Muitas empresas faliram ou encerraram, deixando muitos operários no desemprego. Mas a classe operária não baixou os braços e o número de greves e manifestações foi imenso. «Não sei se houve alguma zona do País em que as lutas atingissem o grau que atingiram na Marinha Grande.» (Avante! n.º 1572, de 15 de Janeiro de 2004). Merecem destaque as «marchas da fome» e a grande greve de nove meses na Guilherme Pereira Roldão, que culminaria com uma vitória dos operários. Ao mesmo tempo, reforçava-se a unidade e organização da classe operária marinhense. 

A classe operária organizou-se no seu partido e sindicatos

As associações sindicais de classe – dos garrafeiros, vidraceiros, cristaleiros e lapidários – unificam-se, dando lugar a uma única organização da indústria vidreira, de âmbito nacional, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Indústria do Vidro, criado em 1931. No plano político, o PCP era já a força determinante junto dos operários vidreiros
Também em 18 de Janeiro de 1934, O movimento e as lutas foram organizadas e dirigidas pelo Partido Comunista Português. Durante algumas horas, na Marinha Grande, o poder esteve nas mãos dos operários vidreiros. Contudo a insurreição não alastrou e as forças repressivas do fascismo conseguiram dominar os revoltosos. Foram feitas dezenas de prisões, em especial comunistas e a maioria dos presos foram deportados para o campo de concentração do Tarrafal.

Desenho de Dias Coelho, dirigente comunista, morto pela PIDE
 
A luta continua

No seu conjunto, as condenações ultrapassaram os 250 anos de prisão. António Guerra e Augusto Costa morreram no Tarrafal e Francisco da Cruz não resistiu às condições prisionais em Angra do Heroísmo. Os estragos provocados pela repressão na organização sindical e partidária na Marinha Grande foram profundos, mas acabaram por ser ultrapassados. Em breve, o Partido tinha reconstruído a sua organização nas principais empresas. A solidariedade com as famílias dos operários presos, que se viram privadas do salário, foi outra coisa que o fascismo não matou. Grupos organizados recolhiam contribuições à saída das fábricas.
Apesar de vencida, a revolta dos operários marinhenses permanece como um exaltante exemplo de heroísmo da classe operária portuguesa.

17 de janeiro de 2013

Quem criou o problema que o resolva

Na pressa de acabar com as freguesias o Governo cria problemas graves. Quem os resolve?

A Lei da Reforma Admnistrativa, e que elimina mais de mil freguesias, elimina também todas as freguesias que se alteraram por junção de outras.


Muitos autarcas estão agora a braços com uma lei injusta, mal feita, que vai trazer graves problemas, às populações e às próximas eleições.
É preciso alterar cadernos eleitorais e toda a burocracia de quase todas as freguesias. Das que se extinguiram e das que se juntaram. 
"O Relvas que resolva o problema", dizem muitos autarcas que não querem colaborar na morte das suas freguesias. 

É uma lei que foi repudiada pela quase totalidade das autarquias e das populações.  A lei obriga a alterações profundas, para pior, das freguesias e tem grandes implicações aos mais diversos níveis. Moradas, registos de propriedades, documentação, correios, etc.

Obriga de imediato a uma revisão do processo eleitoral e dos cadernos eleitorais, o que não está salvaguardado.

O Presidente da República promulgou a lei apesar de saber os graves problemas que vai trazer. Quem os resolve? Os que lutaram e ainda lutam contra a lei? 
Que os resolva o Relvas como dizem muitos dos autarcas.

16 de janeiro de 2013

Mentir, prometer e não cumprir

Quem aprende com quem?

Em 2009 Barack Obama na campanha eleitoral, prometeu encerrar a prisão de Guantanamo, no prazo de um ano. Quatro anos passados a promessa continua por cumprir. 
A técnica de mentir nas campanhas eleitorais é uma característica da direita. Lá como cá. 


Os eleitores americanos têm feito inúmeras manifestações reclamando a libertação imediata dos 166 detidos ou a realização de julgamentos justos. 

Desde 2002 que 779 homens passaram por Guantanamo, muitos dos quais presos durante anos, sem que tenham sido acusados ou julgados. É assim que funciona o país da democracia e da liberdade.
 

Em 2010, Barack Obama informou que 48 detidos não poderiam ser acusados nem libertados e continuam presos por tempo indeterminado sem acusação nem julgamento.

15 de janeiro de 2013

Comunicação como meio de ofensiva ideológica

A ofensiva ideológica, a mentira, a criação do medo e a exploração dos preconceitos, são armas do capitalismo para dominar

É intenso e "científico" o plano em curso para retirar direitos aos trabalhadores e ao povo para aumentar a exploração do poder capitalista. 
Para isso, os partidos de direita e o Governo precisam de acabar com tudo o que o 25 de Abril construiu.

Para conseguirem levar os seus planos por diante, e reduzir a capacidade de luta organizada dos trabalhadores e do povo, apoiam-se na guerra ideológica feita através de todos os meios de comunicação que dominam. 

Os eixos principais dessa ofensiva

São objectivos desta política:
- valorizar as virtudes do capitalismo, dos mercados e de uma falsa liberdade individual.
- dar a ideia de que todos podem ser capitalistas ricos se seguirem os exemplos dos grandes exploradores.
- convencer que a sociedade não muda. Sempre foi assim e sempre assim será.
- quando não for possível defender os efeitos do capitalismo, dizer que são todos iguais e portanto todos têm os mesmos defeitos.
- estimular o anticomunismo, de forma a afastar a ideia de que é possível uma sociedade melhor. 
- o desacreditar as sociedades que conseguiram libertar-se do capitalismo e imperialismo. Confundir democracia com ditadura de "homens não poderem explorar outros homens".
- esquecer as possibilidades e vitórias da resistência dos povos, da luta dos trabalhadores ou da afirmação de opções de desenvolvimento soberano.


Os meios de comunicação

Os meios utilizados para a "lavagem dos cérebros" para a mentira, para lançar a dúvida e a confusão, para "dividir para reinar", são os meios de comunicação quase todos controlados pelos grandes grupos económicos, a publicidade, o Marketing (comercial e político), actividades ditas "culturais" e de distração, etc

As formas que utilizam são muito variadas e científicamente estudadas através de Sondagens, de Estudos de Mercado e Marketing, da Internet, de Redes Sociais e são aplicados nos mais variados meios como: 
Notícias seleccionadas, notícias deturpadas, informação escondida e subtimente "censurada". Programas de telenovelas que veiculam conteúdos que visam injectar conceitos e preconceitos retrógrados. Concursos televisivos quer iludem as pessoas com o sucesso fácil e "acessível a todos". Comentários políticos e sociais de pessoas "uniformizadas" ou formatadas com o pensamento "oficial" da direita. O controlo e formatação das notícias é feito pelo recurso ao comentário e análise sistemáticamente direccionados, para levar os ouvintes os telespectadores e leitores à ideia errada.

Esta "lavagem" de cérebros, esta ofensiva ideológica, é feita de forma subtil, como referi no texto anterior, com uma simples ausência ou troca de legendas, e pela formatação das notícias. 

Formatar jovens para aceitar sem crítica a ideologia do capitalismo
 
Esta operação de formatação das consciências, é também feita, nas Escolas e Universidades com a seleção de professores e manuais escolares que obedecem ao pensamento único. Assim a produção ideológica nos meios académicos, ajuda a formatar os estudantes, desde o início da escolaridade, para assegurar a prevalência absoluta dos valores do capitalismo, dois conceitos e preconceitos que o servem fazendo esquecer outras alternativas. Essa formatação ideológica é especialmente intensa nas areas da filosofia, da sociologia, da economia e na promoção de uma cultura "pimba" sem conteúdo mas de "fácil" acesso e aceitação acéfala. Assim se formam pessoas dóceis e fácilmente domesticáveis, que aceitam ser exploradas. 

14 de janeiro de 2013

Os baixos truques da realização televisiva

A televisão ignora os nomes dos deputados comunistas e, pelos vistos, nem os reconhece
Há dias estive a assistir a um debate parlamentar com a audiência do Ministro da Economia.
Reparei que quando falavam os vários deputados aparecia uma legenda com o nome do interveniente e algumas das suas palavras mais significativas.
Isto foi sendo feito com mais ou menos constância exceto... há sempre exceções, quando falava um deputado do PCP (ou dos Verdes). Nessa altura permanecia a legenda geral do debate com o Ministro e algumas palavras do ministro em vez das palavras do deputado que estava a falar.
É notória a intenção da direita silenciar o PCP.
Notícias, comunicados, iniciativas e actividades do PCP são muito esquecidas na televisão e jornais. Mas, pelos vistos, os nomes dos deputados comunistas também.

É assim a torta democracia da direita.

Defender o Ensino e a Escola Pública


Os professores mobilizam-se para travar o desastre na Educação

•    31.000 docentes no desemprego, aos quais é negado o pagamento da indemnização devida
•    137 condenações dos tribunais contra o Governo.
•    Grande número de horários zero e agravamento das condições de trabalho dos professores sem dar aulas;
•    Aumento do nº de alunos por turma e de níveis por professor, acréscimo de funções/tarefas);
•    Fraude na vinculação extraordinária;
•    Alteração dos contratos de trabalho - de professor do quadro para tempo indeterminado;
•    Criação de novos mega-agrupamentos em pleno ano letivo, já em janeiro;
•    Aumento do horário de trabalho, com graves consequências para a qualidade do ensino:
•    Redução de 12.000 a 17.000 postos de trabalho com novo aumento do nº de alunos por turma;
•    Transferência das escolas e educação para os municípios, incluindo pagamento de salários.  


A Federação dos Sindicatos de Professores apela:
"Vamos,pois, meter mãos à obra e pés ao caminho".
Dia 26 de Janeiro vamos para a rua.
Vamos defendfer os professores e a Educação.
Vamos dizer à população portuguesa que a Escola Pública está em perigo.
 
Dia 26, às 15 horas, todos os caminhos convergem para o Marquês de Pombal.

9 de janeiro de 2013

Os pobres que paguem a crise que não fizeram

Os muito ricos, cada vez mais ricos. Para alguns, sabe bem pagar tão pouco

A propósito do texto anterior deste blog:
Notícia de http://www.dinheirovivo.pt/Mercados/Artigo/CIECO089439.html

"Os ricos ficaram ainda mais ricos no ano passado. Se as 100 maiores fortunas do mundo aumentaram 15% para os 1,44 biliões de euros, de acordo com o índice dos milionários da Bloomberg, a riqueza das maiores fortunas em Portugal também cresceu em 2012. Mais concretamente 13%, o equivalente a um crescimento de 1,54 mil milhões de euros".


Esta informação publicada em "O Dinheiro Vivo" vem na sequência de outras de anos anteriores que mostram que a "crise" tem servido às mil maravilhas para os grandes capitalistas.
Diz ainda a notícia: "Contas feitas, no início de 2011 as sete maiores fortunas em Portugal estavam avaliadas em 11,61 mil milhões de euros. No entanto, a subida anual de 3% do PSI 20 e a consequente valorização da maior parte das 20 ações que integram o índice nacional fizeram com que, no final de 2012, as mesmas fortunas valessem 13,15 mil milhões. Na prática, as grandes fortunas em Portugal engordaram 1,54 mil milhões de euros no espaço de um ano".

Fruto de uma política
 
"A riqueza da família Soares dos Santos foi a que mais cresceu no ano passado. Fruto da valorização de 16% dos títulos da Jerónimo Martins, a posição detida pela sociedade Francisco Manuel dos Santos, que reúne as participações da família de Alexandre Soares dos Santos, valorizou em quase 714 milhões de euros".
 
Recordemos que Soares dos Santos e o seu Pingo Doce, que publicita que "Sabe bem pagar tão pouco", quase não paga impostos pois grande parte do seu dinheiro é transferido para a Holanda para onde foi a sede das suas empresas. 


Facilidades para os muito ricos e roubo aos trabalhadores


O Governo com esta sua política de direita continua a fechar os olhos às fugas aos impostos e à taxação das grandes fortunas. Contráriamente vai aumentando os impostos aos trabalhadores e reformados e reduzindo os seus salários. É aí que esta política insiste em ir buscar dinheiro. Aos mais pobres, para deixar engordar os mais ricos.
 
Continuem a votar nos partidos que há 36 anos vêm praticando a política dos grandes capitalistas PS+PSD+CDS, e depois queixem-se.




8 de janeiro de 2013

A falsificação do Socialismo

A Propaganda do capitalismo falsifica a história e os conceitos de socialismo
Um exemplo entre muitos:


Corre na Internet uma mensagem feita em nome de um Adrian Rogers dito professor de economia na universidade Texas Tech. Diz ele que nunca reprovou um só aluno mas, uma vez, reprovou uma classe inteira.
Relata então que essa classe tinha insistido que o socialismo funcionava: ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e justo.
O professor então disse, "Ok, vamos fazer um experimento socialista nesta classe. Ao invés de dinheiro, usaremos suas notas nas provas."


A falsificação dos conceitos

"Todas as notas seriam concedidas com base na média da classe, e portanto seriam "justas" pois todos receberiam as mesmas notas".
Depois desta patranha o professor continuou a história: "O que aconteceu foi que ninguém estudou e todos chumbaram". Concluiu esse professor de economia que "No final das contas, ninguém queria mais estudar para beneficiar o resto da sala. Portanto, todos os alunos repetiram o ano" e explicou que "que o experimento socialista tinha falhado porque foi baseado no menor esforço possível da parte de seus participantes. Preguiça e mágoas foi seu resultado". 


O encadeamento das mentiras

E no final, a mensagem chega ao cúmulo de afirmar:
"É impossível levar o pobre à prosperidade através de legislações que punem os ricos PELO ESFORÇO e pela prosperidade. Para cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa deve trabalhar sem receber”.
“O governo não pode dar o que não produz. Apenas, pode dar a alguém aquilo que tira de outro alguém”.
“Quando metade da população assimila a ideia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade percebe que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a metade vadia, então chegamos ao começo do fim de uma nação"
.
Assina: Adrian Rogers


Trabalhar para quem?

Depois desta história bem armadilhada, vamos à sua crítica:
O capitalismo quer criar a ideia de que “o socialismo é não trabalhar e dar a todos o mesmo”, criando a ideia de que uns têm que trabalhar para os outros não fazerem nada.
Esta ideia, apesar de absurda, é assimilada pela propaganda capitalista e cria a divisão entre as pessoas, dando a imagem que os ricos são os que mais trabalham. 

 
É a trabalhar que se fazem os muito ricos?


Vamos então analisar a realidade:
Na verdade é no capitalismo que, os que trabalham, nunca chegam a ser ricos e os ricos não precisam de trabalhar para serem cada vez mais ricos, pois vivem da exploração do trabalho de outros.
 

Quanto teria que trabalhar um rico como Américo Amorim ou Alexandre Soares dos Santos, para acumularem fortunas de 2.500 milhões de euros?
Se um bom professor trabalhar como muitos trabalham, 12 horas por dia todos os dias poderá ganhar por mês, na melhor das hipóteses, 3.000 euros por mês. Mesmo que só gaste um sexto do que ganha, ou seja 500 euros por mês ficaria com 2.500 euros todos os meses. Para chegar aos 2.500 milhões de euros do Américo Amorim precisaria de um milhão de meses de trabalho. Se falássemos de um bom profissional como um pedreiro, muito trabalhador, precisaria de muito mais que um milhão de meses para atingir a fortuna de Américo Amorim ou de Alexandre Soares dos Santos.

  
30.000 anos de trabalho com o ordenado do Presidente
 
Foi a trabalhar que os muito ricos ganharam essas fortunas? Quantos meses de trabalho com o ordenado do Presidente da República (cerca de 7.000 euros mensais) e sem roubar o BPN, seriam precisas para atingir a fortunas dos mais ricos de Portugal?
Mesmo que esses mais ricos não tivessem despesas, com um vencimento de 7.000 euros por mês, precisariam de 357.000 meses para acumular essa fortuna, ou seja 30.000 anos de trabalho com o ordenado do Presidente da República.


No capitalismo só alguns ganham a explorar todos os outros

De onde vem o dinheiro que Américo Amorim ou Alexandre Soares dos Santos ganharam? Vem do seu trabalho? Será que trabalham milhões de vezes mais que um professor ou um bom pedreiro?
Esta é a falsidade da propaganda do capitalismo. "Os muito ricos são os que muito trabalham". No capitalismo não se ganha muito dinheiro a trabalhar.


Socialismo é trabalho e solidariedade

Vejamos as outras falsidades.
"No socialismo os que trabalham recebem o mesmo do que os que não trabalham". Mentira! No socialismo todos têm o dever de trabalhar e, para trabalho igual, há salário igual. No socialismo ninguém vive do trabalho de outros.
O socialismo recompensa o trabalho, mas também apoia quem não pode trabalhar por razões que não são da sua vontade ou por interesse de todos. Apoia na doença, apoia os inválidos, as mulheres que têm filhos a seu cargo, os jovens estudantes e todas as situações de justiça social.


Respeito por quem trabalha

Por isso é também falso que “numa sociedade socialista os que trabalham fiquem desmotivados por ter que apoiar os que não trabalham”. É falso que no socialismo se recompense a preguiça.
Essa mentira também falsifica a História dos países socialistas como a URSS. Antes de 1917 o país estava numa total miséria. Enfrentou a Primeira Grande Guerra que deixou o país na mais profunda miséria, fome e doença. 


O que mostra a História
 
O regime socialista implantado em 1917 começou a fazer renascer das cinzas um país devastado. Os países capitalistas que não queriam que o socialismo vencesse, invadiram a URSS para apoiar os czaristas, capitalistas, a burguesia e aristocracia, na Guerra Civil que se gerou. Foram anos de guerra civil destruidora que, apesar de todos os ataques externos, os socialistas venceram.
Passados poucos anos, veio a Segunda Grande Guerra Mundial, que apanhou os soviéticos a recuperar da miséria em que o país estava. Na guerra entre 1939 e 1945 morreram mais de 20 milhões de soldados e trabalhadores soviéticos que se mobilizaram para vencer os Nazi-Fascistas comandados por Hitler. Foram os homens e mulheres na força da vida que mais sofreram e morreram. A URSS foi o país que maior esforço fez para vencer a guerra e o que mais sofreu. Mais uma vez os socialistas tiveram que começar tudo de novo para reconstruir o país. 

 
Vinte anos para recuperar um país destruído  


Em vinte anos, depois de 1945, a URSS tinha alcançado o país mais rico do mundo, os Estados Unidos da América. As condições sociais dos trabalhadores foram de tal forma avançadas que estimularam os trabalhadores de todo o mundo a reivindicar novas regalias e obrigaram os países capitalistas a conceder mais direitos (o que, agora, sem os países socialistas, o capitalismo está a fazer voltar atrás).
A URSS em vinte anos depois da Guerra, atingiu os primeiros lugares do mundo em muitas áreas, da ciência da tecnologia, do ensino da assistência social, na conquista do espaço.
 

O fim do capitalismo aproxima-se

Achará o tal professor que chumbou a turma inteira, que foi com trabalhadores desmotivados que a URSS atingiu esses resultados?
O Capitalismo para continuar a explorar precisa de mentir, enganar e de acabar com as experiências socialistas. Para isso usa a falsidade, a mentira, a vigarice e se preciso for a guerra. São estas as características do capitalismo e da política de direita que o apoia. A verdade triunfará.

7 de janeiro de 2013

Não se queixem


O Governo não aceitou as medidas propostas pela CGTP para aumento das receitas do Orçamento.

Porquê ? Porque os "amigos" muito ricos que ganham com a crise não deixaram?

A CGTP tinha apresentado medidas alternativas, concretas, que não foram aceites porque elas atingiam a Oligarquia.

O Governo preferiu ir buscar o dinheiro aos trabalhadores e reformados. Fez um Orçamento inconstitucional que:

1 - Pela via do IRS, reduz salários e pensões, sejam do Estado ou do privado. Corta subsídios e direitos dos trabalhadores;

2 - Pretende reduzir em 4 mil milhões a despesa na saúde, na educação, na segurança social, ou seja reduzir os serviços públicos e aumentar os preços desses serviços.
  

Propostas da CGTP

A CGTP apresentou 4 propostas que permitiriam arrecadar cerca de 6 mil milhões que foram rejeitadas porque atingiam os privilegiados deste país. 

Estas propostas respeitavam o preceito constitucional do princípio da equidade.

Foram elas: 
1 - Criação de uma taxa sobre as transacções financeiras a incidir sobre todas as transacções de valores mobiliários independentemente do local onde são efectuadas. Esta medida permitirá arrecadar uma receita adicional de 2.038,9 milhões de euros.

2 - Introdução de progressividade no IRC pela criação de mais um escalão de 33,33% no IRC para empresas com volume de negócios superior a 12,5 milhões de euros, de forma a introduzir o critério de progressividade no imposto. Esta medida permitirá arrecadar uma receita adicional de 1.099 milhões de euros

3 - Sobretaxa de 10% sobre os dividendos distribuídos incidindo sobre os grandes accionistas, com a suspensão da norma que permite a dedução constante sobre os lucros distribuídos (art. 51º do CIRC). Esta medida permitiria arrecadar uma receita adicional de 1.665,7 milhões de euros

4 - Combate à Fraude e à Evasão Fiscal, pela fixação de metas anuais para a redução da economia não registada. Esta medida permitirá arrecadar uma receita adicional de 1.162 milhões de euros.

Isto não quis a direita como não quis acabar com o escândalo das PPP e das benesses para os Bancos privados que nos levam muitos milhares de milhões de euros e não servem para nada a não ser para encher os bolsos dos banqueiros.
.


6 de janeiro de 2013

O país das liberdades


A DemocraCIA nos Estados Unidos 

Os Estados Unidos (EUA) que se autoproclamam país da democracia, são na realidade uma feroz ditadura não só para os países que não se entregam à exploração das suas riquezas, mas também para os próprios americanos que não fazem parte da classe dos muito ricos e poderosos.

As autoridades norte-americanas, e em particular o presidente dos EUA, Barack Obama, vão poder continuar a deter cidadãos por tempo indeterminado e sem direito à presunção de inocência, apesar dessa norma ter sido considerada ilegal pelo Tribunal Constitucional. 

Associações de defesa dos direitos humanos e jornalistas – visados na medida em que podem ser presos se expressarem apoio a grupos ou indivíduos considerados terroristas pelo regime, mesmo sem provas e sem processos judiciais – já vieram repudiar esta iniciativa.
  

Recordamos os presos que apesar das promessas eleitorais de Obama, continuam presos indiscriminadamente, como os patriotas cubanos, os raptados em Guantanamo e o célebre Bradley Manning, acusado sem provas, de vazar mais de 150 mil documentos ao site WikiLeaks. Até hoje a acusação não foi provada.
Glenn Greenwald escreveu um artigo crucial em 15 de dezembro de 2010, descrevendo as condições de detenção de Manning desumanas e ilegais na base militar de Quantico. Apesar de ter sido acusado, não lhe é permitido falar com um juiz, e em vez disso, é mantido preso, contra o princípio de habeas corpus, em total isolamento. Artigos e entrevistas confirmaram as denúncias de Greenwald.

Lá tal como cá: É esta a democraCIA do capitalismo.

5 de janeiro de 2013

Drones & Os senhores da Guerra


A Arte de Bem Matar em Toda a Parte

Os EUA são incontestavelmente o país que detém o vergonhoso recorde de intervenções militares em todo o mundo. É o país que provoca mais guerras e conflitos para delas retirar benefício.

É de longe o país com o maior negócio de armas de guerra e o que, apesar da crise e fome que enfrenta o povo americano, tem o maior orçamento militar (1.531.000.000.000 de dólares em 2011) metade do total de todos os países do mundo e 6 vezes mais do que o maior país a China.
A justificação dada, para americano ver, até 1991, foi a ameaça do comunismo em tempos de guerra fria. Depois da derrocada dos países socialistas, acabou a guerra fria, com o fim da URSS em dezembro de 1991 e foi preciso inventar outra justificação. Veio o 11 de setembro de 2001. Todos os anos aumentam os orçamentos militares, agora para combater o terrorismo!

Israel, o Aprendiz de Feiticeiro

Os EUA e Israel inventaram novas armas de destruição maciça. Entre elas os "drones" ou robots ou "unmanned aerial vehicle" (UAV) ou em Português, "Veículo Aéreo Não Tripolado (VANT) ou ainda "Veículo Aéreo Remotamente Pilotado" (VARP). Estes aparelhos têm um papel importante no Médio Oriente. 



Os drones, como são melhor conhecidos, são máquinas telecomandadas, normalmente aviões sem piloto, que transportam mísseis e bombas e atingem alvos inimigos, sem risco para quem ataca, mas que, muitas vezes erram os alvos e atingem inocentes.

Os drones são responsáveis por invadirem espaço aéreo de muitos países e, à socapa, cobardemente, fazerem as suas vítimas. Tem sido assim no Afeganistão, no Iraque, na Líbia, no Iémen, no Paquistão, na Somália, e outros.

Israel que é um dos principais exportadores mundiais de drones.
Pretende dominar toda a região do Médio Oriente mas, recebeu há semanas um revés que foi também uma lição, a lição do “aprendiz de feiticeiro”.

O monopólio de drones, israelita

Num artigo publicado no Diario.info , Arieh O’Sullivan revela que  um drone de fabrico iraniano voou ao longo da costa de Israel e depois penetrou fundo no país. Sobrevoou, perigosamente, a zona do complexo nuclear israelita. Este feito, conseguiu abalar a auto confiança de Israel.
Israel de imediato instalou baterias antiaéreas Patriot fabricadas nos EUA para reforçar as defesas e chegou a tomar a medida extrema de fechar o espaço aéreo e anular todos os voos comerciais. 

Fontes militares israelitas viram nesse acontecimento um alerta inesperado para o país que tem tido o monopólio de drones operacionais na região.

O tiro saiu pela culatra

O chefe do Hezbollah, Sheikh Hassan Nasrallah, que promoveu o voo, gozou com a situação e inalteceu na TV Al-Manar os peritos da sua organização que montaram e enviado para Israel o drone.  “Não foi a primeira vez e não será a última,” disse o líder da organização paramilitar e política xiíta no Líbano conhecida como “Partido de Deus”, uma das organizações terroristas na lista dos EUA.

Arieh O’Sullivan relata ainda as palavras do director do Instituto Árabe de Estudos de Segurança Ayman Khalil que considera “A utilização de drones em qualquer conflito é antes de mais não-ética. Os drones têm sido um factor de desestabilização. Têm sido usados efectivamente no Paquistão para combater a Al Qaida, mas as consequências têm sido dramaticamente negativas. E o mesmo se passa no Iémen,”.

Um negócio lucrativo ou a arma de dois gumes?

A força aérea israelita utiliza com grande frequência drones, principalmente no Líbano e na faixa de Gaza. Unger, presidente da conferência sobre veículos não-tripulados em Israel, disse: “A realidade é que a utilização de veículos não-tripulados alastra e a questão é só a que velocidade isso vai acontecer”. 

Israel é uma das potências mundiais de fabrico de UAV’s, vendendo-os em todo o mundo. Jacques Chemia, engenheiro-chefe da divisão de UAV’s da IAI, disse aos jornalistas “Israel é o primeiro exportador mundial de drones, com mais de 1000 vendidos em 42 países.”

Israel continuou a penetrar no mercado dos UAV’s, mesmo junto de potenciais clientes dos EUA. 
A Alemanha operou o Heron 1 da IAI para missões no Afeganistão. 
O projecto Watchkeeper do Reino Unido baseia-se no UAV Hermes-450 da Elbit. 
A Polónia anunciou recentemente estar a substituir o avião de combate Sukhoi-22 por UAV’s e planeia adquirir entre 125 a 200 drones. 
Este lucrativo negócio é uma fonte de grandes perigos e de aumento da instabilidade no mundo. Para alguns é mesmo muito lucrativo.