27 de fevereiro de 2012

Incêndio do Reichstag


A ascensão de Hitler e o início da perseguição aos comunistas na Alemanha


Há 79 anos quando Hitler foi empossado como Chanceler da Alemanha, deu-se o incêndio do Reichstag (27 de Fevereiro) que serviu para o início da perseguição aos comunistas. 

Em 2008, 75 anos depois, o Supremo Tribunal Federal da Alemanha pronunciou-se pela absolvição, dos acusados, Marinus van der Lubbe, incriminado de comunista e ter sido o responsável pelo incêndio no Reichstag. 
O procurador Reinhard Hillebrand afirmou que esta posição é uma forma de repor a justiça histórica. Segundo a atual versão da história, teriam sido os nazis a incendiar o Reichstag, como forma de aumentar o medo face ao "perigo comunista".

A denúncia de Dimitrov

Em 1933, o incêndio serviu para prender muitos comunistas entre os quais, três búlgaros, George Dimitrov, Vasil Tanev e Blagoi Popov. 

Dimitrov, afirmou categoricamente perante o acusador, Goering, que os nazis foram os autores do incêndio, com o objectivo de destruir o Partido Comunista.
A acusação de Dimitrov, foi aceite como verdadeira pela generalidade das pessoas no mundo. O Supremo Tribunal Federal da Alemanha, em 2008, finalmente, repôs a verdade histórica. Contudo ainda hoje muitos anticomunistas pretendem difundir a acusação de Hitler.
Na Foto: A queima dos livros. 
  
Com a perseguição aos comunistas veio a perseguição à cultura. Joseph Goebbels, diretor de Propaganda Política do Terceiro Reich, braço direito de Hitler, disse a frase que ficou célebre: "Cada vez que ouço falar em cultura, eu puxo o revólver".

2 comentários:

  1. A década que antecedeu a II Grande Guerra, foram anos terríveis para a humanidade.
    Intriga e morte, eram armas frequentemente usadas pelos grandes ditadores da época para eliminar os seus inimigos políticos.
    Na Alemanha, como na União Soviética, o mundo conheceu os maiores crimes da história da humanidade; da perseguição aos judeus e comunistas perpetrada por Hitler, ao Grande Expurgo, acção movida pelo ditador soviético Josef Stalin contra seus opositores políticos, entre os anos de 1934 e 1939.
    Na luta pela consolidação do poder, Stalin liquidou cerca de dois terços dos quadros do Partido Comunista da URSS, ao menos 5.000 oficiais do Exército acima da patente de major, 13 de 15 generais de cinco estrelas do Exército Vermelho – criado durante a Revolução Russa por Leon Trotsky.

    Mikhail Tukhachevsky era general-de-divisão nessaa época. Foi acusado de ser colaborador do Estado-Maior alemão. Sua morte foi a mais notável entre os generais do Exército Vermelho, por ser um veterano e reputado oficial. As provas seriam documentos forjados por Reinhard Heydrich, chefe do Sicherheitsdienst (serviço de segurança nazista), desejoso de enfraquecer o comando do Exército Vermelho e preparar o terreno para uma futura invasão alemã. Para que se tenha uma idéia, o Grande Expurgo matou mais oficiais de alta patente do que a II Guerra.

    No prefácio de 1938 à sua obra "O ano I da Revolução Russa", o revolucionário russo-belga Victor Serge sintetiza o que, na altura desse ano, era o resultado das perseguições políticas de Stalin:

    "Dentre os homens cujos nomes serão encontrados nas páginas seguintes deste livro, apenas um sobrevive, Trotsky, perseguido há dez anos e refugiado no México.
    Zinoviev, Kamenev, Rykov e Bukharin foram fuzilados. Entre os combatentes da insurreição de 1917, o herói de Moscou, Muralov, foi fuzilado; Antonov-Ovseenko, que dirigiu o assalto ao Palácio de Inverno, desapareceu na prisão; Krylenko, Dybenko, Chliapnikov, Gliebov-Avilov, todos os membros do primeiro Conselho dos Comissários do Povo, tiveram a mesma sorte, assim como Smilga, que dirigia a frota do Báltico, e Riazanov; Sokolnikov e Bubnov, do Bureau político da insurreição estão presos, se é que ainda vivem;
    Karakhan, negociador em Brest-Litovsk, foi fuzilado; dos dois primeiros dirigentes da Ucrânia soviética, um Piatakov, foi fuzilado, e o outro, Racovski, velho alquebrado, está na prisão; os heróis das batalhas de Sviajsk e do Volga, Ivan Smirnov, Rosengoltz e Tukhatchevski foram fuzilados; Raskolnikov, posto fora da lei, desapareceu; dos combatentes dos Urais, Mratchkovsky foi fuzilado, Bieloborodov desapareceu na prisão; Sapronov e Viladimir Smirnov, combatentes de Moscou, desapareceram na prisão; o mesmo aconteceu com Preobrajenski, o teórico do comunismo de guerra; Sosnovski, porta-voz do Partido Bolchevique no primeiro Executivo Central dos sovietes da ditadura, foi fuzilado; Enukidze, primeiro secretário desse Executivo, foi fuzilado. A companheira de Lenin, Nadejda Krupskaia, terminou seus dias não se sabe em qual cativeiro… Dentre os homens da revolução alemã, Yoffe suicidou-se, Karl Radek está preso; Krestinski, que continuou atuando na Alemanha, foi fuzilado. Da oposição socialista-revolucionária de 1918, Maria Spiridonova, Trutovski, Kamkov, Karelin, provavelmente sobrevivam, porém na prisão já há 18 anos. Blumkin, que aderiu ao Partido Comunista, foi fuzilado.
    Entre os homens que, no Ano II, asseguraram a vitória da revolução, pequeno número ainda vive: Kork, Iakir, Uborevitch, Primakov, Muklevitch, chefes militares dos primeiros exércitos vermelhos, foram fuzilados; fuzilados os defensores de Petrogrado, Evdokimov e Okudjava, Eliava; fuzilado Fayçulla Khodjaev, que teve papel de grande importância na sovietização da Ásia Central; desaparecido na prisão, o presidente do Conselho dos Comissários dos Sovietes da Hungria, Bela-Kun…

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